Conhecendo Deus nas Viradas da Vida - Da Fuga ao Aprendizado

Mensagem 4 - 1 Samuel 18-24
Publicado em 11/11/2025

SÉRIE: CONHECENDO DEUS NAS VIRADAS DA VIDA

DA FUGA AO APRENDIZADO

1 SAMUEL 18 -24

Introdução à série:

  • Ao longo da vida enfrentamos diversas situações inesperadas que nos levam da alegria para tristeza, da prosperidade para a pobreza, da saúde para a doença, num piscar de olhos.
  • Em muitos desses movimentos não conseguimos perceber de maneira clara a presença de Deus agindo e coordenando todas as coisas como gostaríamos de ver.
  • Nas próximas semanas conversaremos sobre a vida de um personagem Bíblico que assim como nós enfrentou diversas viradas na vida, e nelas acabou sendo surpreendido por Deus.

Simplesmente Davi

  • Muitos de nós conhecemos a história de Davi quando ainda éramos pequenos, e dela nos lembramos de maneira romanceada, como se ele fosse um verdadeiro herói.
  • Hoje, como outros olhos, perceberemos um Davi muito diferente: mais humano, mais imperfeito, mais contraditório, e tudo isso ressaltará a graça de Deus em sua vida.
  • Para que entendamos a importância de Davi nas escrituras sagradas, seu nome aparece mais de 600 vezes no Antigo Testamento e 60 vezes no Novo Testamento.

A linha do tempo

  • Davi era o caçula de oito irmãos, considerado insignificante por seus pais irmãos, mas por Deus escolhido para ser rei.
  • Por conta de sua habilidade em tocar harpa foi convidado pelos servos de Saul para trazer a paz ao coração de Saul.
  • Promovido a entregador de marmita se viu no fronte de batalha contra os filisteus onde derrotou o gigante Golias.
  • Adorado pelos israelitas Davi passou a ser alvo da inveja de Saul que passou a persegui-lo até que fugisse para o deserto.

No último domingo vimos como o rei Saul se tornou desconfiado e zangado quando ouviu o povo cantando louvores a Davi, e como o jovem herói havia prosperado. Saul passou a não mais e conter. Ele tornou-se uma verdadeira guerra civil ambulante, infeliz, possuído de um espírito maligno, mentalmente pessimista, um homem desconfiado, enfurecido, invejoso. Em consequência, ele voltou-se contra Davi, o servo mais honrado e digno de confiança do seu Acampamento.

10 No dia seguinte, um espírito maligno, da parte de Deus, se apossou de Saul, que teve uma crise de raiva em casa; e Davi, como nos outros dias, dedilhava a harpa; Saul, porém, trazia na mão uma lança, 11 que arrojou, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes. (18.10-11)

A partir disso o ambiente de Davi junto com Saul passou a ser de perseguição. Davi passou a ser ameaçado. Mas é curioso o texto diz que Saul temia a Davi.

12 Saul temia a Davi, porque o SENHOR era com este e se tinha retirado de Saul. 13 Pelo que Saul o afastou de si e o pôs por chefe de mil; ele fazia saídas e entradas militares diante do povo. 14 Davi lograva bom êxito em todos os seus empreendimentos, pois o SENHOR era com ele. 15 Então, vendo Saul que Davi lograva bom êxito, tinha medo dele. (18.12-15)

Uma segunda vez Saul ataca Davi com a Lança:

9 o espírito maligno, da parte do SENHOR, tornou sobre Saul; estava este assentado em sua casa e tinha na mão a sua lança, enquanto Davi dedilhava o seu instrumento músico. 10 Procurou Saul encravar a Davi na parede, porém ele se desviou do seu golpe, indo a lança ferir a parede; então, fugiu Davi e escapou. (19.9-10)

A partir daí torna-se um padrão: “Davi fugiu e escapou”. Passou a ser um meio de sobrevivência para Davi.

O movimento da fuga ao aprendizado na vida de Davi, nos ensina que...

  1. PARA MOLDAR A NOSSA VIDA, O SENHOR COMEÇA REMOVENDO TODAS AS MULETAS (TODOS OS NOSSOS APOIOS) PARA NOS ENSINAR A DEPENDER SOMENTE DELE.
  • A primeira muleta que Davi perdeu foi a – muleta da boa posição. Ele entrara no exército, provara ser um soldado fiel e até heroico – e agora tudo isso desaparece ao sibilar de uma lança. Ele nunca mais servirá no exército de Saul.
  • A segunda foi – a esposa de Davi. Vamos relembrar que Saul prometera dar a sua filha como esposa ao homem que matasse Golias. Mas os motivos de Saul não eram puros.

20 Mas Mical, a outra filha de Saul, amava a Davi. Contaram-no a Saul, e isso lhe agradou. 21 Disse Saul: Eu lha darei, para que ela lhe sirva de laço e para que a mão dos filisteus venha a ser contra ele. Pelo que Saul disse a Davi: Com esta segunda serás, hoje, meu genro. (18.20-21)

Saul usou astuciosamente a filha para enredar Davi. Ele pediu então como dote que Davi matasse 100 filisteus. E Davi cumpriu o pedido.

25 Então, disse Saul: Assim direis a Davi: O rei não deseja dote algum, mas cem prepúcios de filisteus, para tomar vingança dos inimigos do rei. Porquanto Saul tentava fazer cair a Davi pelas mãos dos filisteus. 26 Tendo os servos de Saul referido estas palavras a Davi, agradou-se este de que viesse a ser genro do rei. Antes de vencido o prazo, 27 dispôs-se Davi e partiu com os seus homens, e feriram dentre os filisteus duzentos homens; trouxe os seus prepúcios e os entregou todos ao rei, para que lhe fosse genro. Então, Saul lhe deu por mulher a sua filha Mical. (18.25-27)

E isso fez com que Saul temesse mais a Davi e desejasse mais ainda a sua morte.

28 Viu Saul e reconheceu que o SENHOR era com Davi; e Mical, filha de Saul, o amava. 29 Então, Saul temeu ainda mais a Davi e continuamente foi seu inimigo. (18.28-29)

E no capítulo 19 encontramos Davi depois de ter fugido de Saul, voltando para a sua casa e encontrando a sua esposa, que pede para ele fugir do seu Pai. Que engana o Pai para que ele pudesse escapar. E isso acentuou mais a ira de Saul.

11 Porém Saul, naquela mesma noite, mandou mensageiros à casa de Davi, que o vigiassem, para ele o matar pela manhã; disto soube Davi por Mical, sua mulher, que lhe disse: Se não salvares a tua vida esta noite, amanhã serás morto. 12 Então, Mical desceu Davi por uma janela; e ele se foi, fugiu e escapou. 13 Mical tomou um ídolo do lar, e o deitou na cama, e pôs-lhe à cabeça um tecido de pêlos de cabra, e o cobriu com um manto. 14 Tendo Saul enviado mensageiros que trouxessem Davi, ela disse: Está doente.

15 Então, Saul mandou mensageiros que vissem Davi, ordenando-lhes: Trazei-mo mesmo na cama, para que o mate. 16 Vindo, pois, os mensageiros, eis que estava na cama o ídolo do lar, e o tecido de pêlos de cabra, ao redor de sua cabeça. 17 Então, disse Saul a Mical: Por que assim me enganaste e deixaste ir e escapar o meu inimigo? Respondeu-lhe Mical: Porque ele me disse: Deixa-me ir; se não, eu te mato.

Depois disso ela afastou-se deliberadamente de Davi. E eles nunca mais voltaram a se entender.

  • A terceira muleta foi Samuel – Davi foge para a casa de Samuel em Ramá. E eles vão para a casa das profetas. Alguém avisa a Saul que Davi está na casa dos profetas em Ramá. E teve Davi de fugir novamente. E neste processo ele perde Samuel.

Então, fugiu Davi da casa dos profetas, em Ramá, e veio, e disse a Jônatas: Que fiz eu? Qual é a minha culpa? E qual é o meu pecado diante de teu pai, que procura tirar-me a vida? (20.1)

  • Depois Davi vai até Jônatas – e no capítulo 20 temos mais uma vez Davi tendo que fugir e perder o apoio de Jônatas.

42 Disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz, porquanto juramos ambos em nome do SENHOR, dizendo: O SENHOR seja para sempre entre mim e ti e entre a minha descendência e a tua. 43 Então, se levantou Davi e se foi; e Jônatas entrou na cidade. (20.42-43)

Depois disso Davi vai para Nobe e procura o Sacerdote Aimeleque que dá para ele os pães da proposição e a espada de Golias.

1 Então, veio Davi a Nobe, ao sacerdote Aimeleque; Aimeleque, tremendo, saiu ao encontro de Davi e disse-lhe: Por que vens só, e ninguém, contigo? 2 Respondeu Davi ao sacerdote Aimeleque: O rei deu-me uma ordem e me disse: Ninguém saiba por que te envio e de que te incumbo; quanto aos meus homens, combinei que me encontrassem em tal e tal lugar. 3 Agora, que tens à mão? Dá-me cinco pães ou o que se achar. 4 Respondendo o sacerdote a Davi, disse-lhe: Não tenho pão comum à mão; há, porém, pão sagrado, se ao menos os teus homens se abstiveram das mulheres. 5 Respondeu Davi ao sacerdote e lhe disse: Sim, como sempre, quando saio à campanha, foram-nos vedadas as mulheres, e os corpos dos homens não estão imundos. Se tal se dá em viagem comum, quanto mais serão puros hoje! 6 Deu-lhe, pois, o sacerdote o pão sagrado, porquanto não havia ali outro, senão os pães da proposição, que se tiraram de diante do SENHOR, quando trocados, no devido dia, por pão quente. 7 Achava-se ali, naquele dia, um dos servos de Saul, detido perante o SENHOR, cujo nome era Doegue, edomita, o maioral dos pastores de Saul. 8 Disse Davi a Aimeleque: Não tens aqui à mão lança ou espada alguma? Porque não trouxe comigo nem a minha espada nem as minhas armas, porque a ordem do rei era urgente. 9 Respondeu o sacerdote: A espada de Golias, o filisteu, a quem mataste no vale de Elá, está aqui, envolta num pano detrás da estola sacerdotal; se a queres levar, leva-a, porque não há outra aqui, senão essa. Disse Davi: Não há outra semelhante; dá-ma. (21.1-9)

  • A última muleta que Davi perdeu – foi o amor-próprio.

10 Levantou-se Davi, naquele dia, e fugiu de diante de Saul, e foi a Aquis, rei de Gate.

Davi foge e vai parar na terra do inimigo. E fica com medo, e finge de doido.

11 Porém os servos de Aquis lhe disseram: Este não é Davi, o rei da sua terra? Não é a este que se cantava nas danças, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares? 12 Davi guardou estas palavras, considerando-as consigo mesmo, e teve muito medo de Aquis, rei de Gate. 13 Pelo que se contrafez diante deles, em cujas mãos se fingia doido, esgravatava nos postigos das portas e deixava correr saliva pela barba. 14 Então, disse Aquis aos seus servos: Bem vedes que este homem está louco; por que mo trouxestes a mim? 15 Faltam-me a mim doidos, para que trouxésseis este para fazer doidices diante de mim? Há de entrar este na minha casa?

Vou lhe dizer uma coisa: quando cada uma de suas muletas é removida, as coisas começam a balançar. À medida que a erosão continua, você passa a pensar de modo diferente. Depois começa a substituir essas ideias por pensamentos estranhos. E depois ainda começa a perder de vista a verdade, chegando ao fundo do poço.

Quando crianças nós apoiamos em nossos pais. Na escola, nos professores, colegas e na própria educação. Quando nos encaminhamos na direção de algum ideal ou alvo, nós apoiamos na nossa esperança para o futuro. Quando chegamos à vida adulta, nós apoiamos em nosso trabalho ou profissão, nosso cônjuge ou nossa segurança financeira.

 

O problema das muletas são:

  1. As muletas podem se tornar substitutos para Deus. Não há nada de errado em procurar apoio, se você se apoiar completamente no Senhor.
  2. As muletas mantêm o nosso foco horizontal. E nós precisamos manter o foco no vertical.
  3. As muletas oferecem alívio apenas temporário.

O movimento da fuga ao aprendizado na vida de Davi, nos ensina que...

  1. NO PROCESSO DE DEUS DESCOBRIMOS A IMPORTÂNCIA DE TÊ-LO COMO NOSSO REFÚGIO.

Davi chegar ao fim de suas forças. Num verdadeiro redemoinho de eventos, ele perdeu o emprego, a mulher, a casa, seu conselheiro, seus melhores amigos e, finalmente sua autoestima. Vimos um Davi que a saliva escorria pela sua barba e ele arranhava as portas do inimigo como um demente. Por compreender que sua identidade era conhecida dos Filisteus, ele fingiu insanidade e depois escapou indo parar em uma caverna. Neste contexto ele escreveu o Salmo 142:

1 Ao SENHOR ergo a minha voz e clamo, com a minha voz suplico ao SENHOR. 2 Derramo perante ele a minha queixa, à sua presença exponho a minha tribulação. 3 Quando dentro de mim me esmorece o espírito, conheces a minha vereda. No caminho em que ando, me ocultam armadilha. 4 Olha à minha direita e vê, pois não há quem me reconheça, nenhum lugar de refúgio, ninguém que por mim se interesse. 5 A ti clamo, SENHOR, e digo: tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes. 6 Atende o meu clamor, pois me vejo muito fraco. Livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu. 7 Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao teu nome; os justos me rodearão, quando me fizeres esse bem.

  • Sentia-se como habitante das cavernas
  • Solitário
  • Humilhado
  • Desespero

Não era o fim, era o começo. Aqui está ele moído, sem muletas... quebrantado.

E quem Deus enviou para ele neste momento?  Sua família.

Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele. (22.1)

E Deus enviou um grupo diferente:

Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens. (22.2)

  • Estes homens também sofriam com o governo de Saul (altos impostos)
  • Treinou estes homens. Tornam-se os valentes de Davi.

Na caverna ele escreve o salmo 57:

1 Tem misericórdia de mim, ó Deus, tem misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia; à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades. 2 Clamarei ao Deus Altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa. 3 Eles dos céus me envia o seu auxílio e me livra; cobre de vergonha os que me ferem. Envia a sua misericórdia e a sua fidelidade. 4 Acha-se a minha alma entre leões, ávidos de devorar os filhos dos homens; lanças e flechas são os seus dentes, espada afiada, a sua língua. 5 Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória. 6 Armaram rede aos meus passos, a minha alma está abatida; abriram cova diante de mim, mas eles mesmos caíram nela. 7 Firmes está o meu coração, ó Deus, o meu coração está firme; cantarei e entoarei louvores. 8 Desperta, ó minha alma! Despertai, lira e harpa! Quero acordar a alva. 9 Render-te-ei graças entre os povos; cantar-te-ei louvores entre as nações. 10 Pois a tua misericórdia se eleva até aos céus, e a tua fidelidade, até às nuvens. 11 Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória.

A mudança em Davi se deu porque:

  • Davi sofreu o suficiente para admitir sua necessidade.
  • Foi suficientemente honesto para pedir ajuda.
  • Teve humildade suficiente para aprender de Deus.

Deus é o nosso refúgio e fortaleza. (Precisamos de refúgio – salmo 31)

  • Precisamos de refúgio porque estamos aflitos e sofrendo.
  • Necessitamos de um refúgio porque somos pecadores e a culpa nos acusa.
  • Necessitamos de um refúgio porque estamos cercados por adversários e as incompreensões nos atacam.

O movimento da fuga ao aprendizado na vida de Davi, nos ensina que...

  1. NO CALOR DAS PROVAÇÕES SOMOS TENTADOS A ENDIREITAR AS SITUAÇÕES DO NOSSO JEITO.

Em 1 Samuel 23.14 - Permaneceu Davi no deserto, nos lugares seguros, e ficou na região montanhosa no deserto de Zife. Saul buscava-o todos os dias, porém Deus não o entregou nas suas mãos.

Enquanto Saul trabalhava redobrado para encontrar Davi... e mata-lo. Deus estava preparando Davi para outro papel no trono de Israel.

Saul ficou no encalço de Davi. Mas Deus não permitia.

Então, Saul mandou chamar todo o povo à peleja, para que descessem a Queila e cercassem Davi e os seus homens. (23.8).

Em 1 Samuel 24.1-4

1 Tendo Saul voltado de perseguir os filisteus, foi-lhe dito: Eis que Davi está no deserto de En-Gedi. 2 Tomou, então, Saul três mil homens, escolhidos dentre todo o Israel, e foi ao encalço de Davi e dos seus homens, nas faldas das penhas das cabras monteses. 3 Chegou a uns currais de ovelhas no caminho, onde havia uma caverna; entrou nela Saul, a aliviar o ventre. Ora, Davi e os seus homens estavam assentados no mais interior da mesma. 4 Então, os homens de Davi lhe disseram: Hoje é o dia do qual o SENHOR te disse: Eis que te entrego nas mãos o teu inimigo, e far-lhe-ás o que bem te parecer. Levantou-se Davi e, furtivamente, cortou a orla do manto de Saul.

Uma tentação sutil. Resolva de uma vez esta situação, elimine o que te persegue, disse os homens a Davi. Assuma o que é seu!

5 Sucedeu, porém, que, depois, sentiu Davi bater-lhe o coração, por ter cortado a orla do manto de Saul; 6 e disse aos seus homens: O SENHOR me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do SENHOR. 7 Com estas palavras, Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul; retirando-se Saul da caverna, prosseguiu o seu caminho.

  1. Depois, também Davi se levantou e, saindo da caverna, gritou a Saul, dizendo: Ó rei, meu senhor! Olhando Saul para trás, inclinou-se Davi e fez-lhe reverência, com o rosto em terra. 9 Disse Davi a Saul: Por que dás tu ouvidos às palavras dos homens que dizem: Davi procura fazer-te mal? 10 Os teus próprios olhos viram, hoje, que o SENHOR te pôs em minhas mãos nesta caverna, e alguns disseram que eu te matasse; porém a minha mão te poupou; porque disse: Não estenderei a mão contra o meu senhor, pois é o ungido de Deus. 11 Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão. No fato de haver eu cortado a orla do teu manto sem te matar, reconhece e vê que não há em mim nem mal nem rebeldia, e não pequei contra ti, ainda que andas à caça da minha vida para ma tirares. 12 Julgue o SENHOR entre mim e ti e vingue-me o SENHOR a teu respeito; porém a minha mão não será contra ti. 13 Dos perversos procede a perversidade, diz o provérbio dos antigos; porém a minha mão não está contra ti. 14 Após quem saiu o rei de Israel? A quem persegue? A um cão morto? A uma pulga? 15 Seja o SENHOR o meu juiz, e julgue entre mim e ti, e veja, e pleiteie a minha causa, e me faça justiça, e me livre da tua mão. 16 Tendo Davi acabado de falar a Saul todas estas palavras, disse Saul: É isto a tua voz, meu filho Davi? E chorou Saul em voz alta. 17 Disse a Davi: Mais justo és do que eu; pois tu me recompensaste com bem, e eu te paguei com mal. 18 Mostraste, hoje, que me fizeste bem; pois o SENHOR me havia posto em tuas mãos, e tu me não mataste. 19 Porque quem há que, encontrando o inimigo, o deixa ir por bom caminho? O SENHOR, pois, te pague com bem, pelo que, hoje, me fizeste. 20 Agora, pois, tenho certeza de que serás rei e de que o reino de Israel há de ser firme na tua mão. 21 Portanto, jura-me pelo SENHOR que não eliminarás a minha descendência, nem desfarás o meu nome da casa de meu pai. 22 Então, jurou Davi a Saul, e este se foi para sua casa; porém Davi e os seus homens subiram ao lugar seguro.

Vamos aprender uma lição com Davi: Quando a tentação mais sutil da vida procurar atrair você, recuse-se a ceder. Pode confiar no que digo...jamais se arrependerá de perdoar alguém que não merece ser perdoado.

18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; 19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. 20 Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. 21 Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem. (Romanos 12.18-21).

Conclusão e Apelo à Consagração e Salvação

Assim como Davi, todos nós enfrentamos momentos de fuga, dor e perda. Deus, em sua soberania, usa essas circunstâncias não para nos destruir, mas para nos moldar e revelar que Ele é o único refúgio seguro. Quando Davi perdeu suas muletas — posição, esposa, amigos, conselheiro e até a própria dignidade — foi nesse esvaziamento que ele finalmente experimentou a presença restauradora de Deus. O deserto se tornou escola, e a caverna, um altar.

A verdadeira restauração começa quando reconhecemos que nossas seguranças humanas não sustentam o peso da alma. Precisamos nos render ao Senhor, deixar que Ele quebre nossos apoios frágeis e nos ensine a depender exclusivamente de Sua graça. É tempo de consagração. O mesmo Deus que transformou a caverna de Adulão em lugar de avivamento deseja transformar corações cansados em instrumentos de Sua vontade.

E a você que talvez esteja distante de Deus, ou sentindo-se perdido entre fugas e desilusões, ouça o chamado: Cristo é o refúgio para sua alma. Ele se fez nosso abrigo na cruz, tomou sobre si o peso da culpa e oferece perdão e nova vida. Hoje é o tempo de voltar-se ao Senhor. Entregue-se a Ele. Que, como Davi, você possa dizer: “Tu és o meu refúgio e a minha porção na terra dos viventes” (Salmo 142.5).

Convite final:Que esta seja uma noite de entrega. Uma noite em que os filhos voltem ao Pai, os cansados encontrem descanso e a igreja se levante consagrada, decidida a viver não com muletas humanas, mas firmada na Rocha eterna — Jesus Cristo, nosso Senhor.

 

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